Utilizamos o mínimo de nosso
corpo e esquecemos que ele é o alicerce pra toda expressão humana, especialmente
a arte. É dele que parte as linguagens, pois ela mesma é uma criação do próprio
homem, que tem um corpo. Quando falamos usamos a boca e não só ela, as cordas
vocais e vários outros músculos que nem imaginamos estar ligados a boca. Quando
dançamos usamos os pés, as mãos, os braços, todas as partes do corpo
praticamente. Quando filmamos com uma câmera utilizamos as mãos, a visão, os
ouvidos, ou seja, nada dá o perdido no corpo!
É por ele que espalhamos a
cultura, expressamos as emoções. A tecnologia parece ter feito o homem ficar
preguiçoso, tudo virou uma extensão do corpo e acabamos nos esquecendo dele.
Existem diversas maneiras de se expressar pelo corpo e cada grupo social
expressa de uma maneira diferente, basta olhar! Os modos de vestir, de andar,
gingar, dançar, falar, utilizar o corpo. Uns preferem rabiscar, desenhar no
corpo. Outros preferem cobri-lo. Alguns querem pintá-lo. Todos tem corpo, mas
cada um tem um modo especial de se relacionar com ele.
Não existimos nesse mundo sem
corpo... E vamos combinar, na quebrada o que mais tem é corpo. Muitos corpos! Penso
que para o despertar da alma, das ideias é preciso o despertar do corpo e vamos
estar em todas as oficinas presentes em corpo, nas filmagens em corpo, tudo em
corpo. E o que tem de interessante em despertar o corpo? Podemos descobrir
infinitas maneiras de usá-lo e explorar muito mais o mundo a nossa volta.
E então, vamos trazer algumas das imagens da quebrada pro corpo?
*Imagens do fotografo Pierre Verger.
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